...a ascenção ao Olimpo!
Gosto de pensar no Jardim do Torel como o meu retiro secreto em Lisboa. Seja pelo desconhecimento das pessoas, seja pela heróica súbida da calçada do Lavra – qual súbida ao Olimpo, que deixa muitos calcanhares de Aquiles pelo caminho, sinto que este jardim ainda tem o seu quê de exclusividade, de tesouro, de segredo... O meu jardim, o meu jardim favorito!
Subo a rua do elevador e quando parece que vai acabar, eis a calçada que subo corajosamente, e finalmente, ao fundo da rua que sobe da calçada, ascendo ao jardim dos deuses! E bem lá do alto observo a minha bela Lisboa e sou recompensada com banhos de sol revigorantes...e o santo graal, mais conhecido em Portugal como loira ou imperial!
O jardim é de um verde quase fluorescente ao pôr-do-sol, com relva fofa convidativa a uma sesta ao som das folhas que chocalham ao vento...Há a possibilidade do sol ou da sombra, de deitar ou sentar em bancos para partilhar ou para meditar, para os adeptos da queima de calorias há ainda um ginásio ao ar livre, quase me atrevo a jurar que será o ginásio com melhor vista sobre a cidade!
Eu como amante das calorias que sou, desço um patamar, contorno a alva fonte abandonada e pisco o olhos aos palacetes que um dia com o euromilhões hei-de comprar, e abanco no simpático cafezinho do jardim. Vem uma imperial e uma tosta de queijo de cabra, também havia a possibilidade do bolo do dia.
Adeus Sol até amanhã! Sim, porque apesar de não parecer já estamos no Outono...
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